quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sacudindo a Terra



Um dia, o cavalo de um camponês caiu num poço.
 Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria.
Por isso o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer.
Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que o cavalo já estava muito velho e não servia mais para nada, e também o poço já estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma.
Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o cavalo de dentro do poço.
 Ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o cavalo.
Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.
O cavalo não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele, e chorou desesperadamente.
Porém, para surpresa de todos, o cavalo quietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou.
O camponês finalmente olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu
. A cada pá de terra que caía sobre suas costas o cavalo a sacudia, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão.
Assim, em pouco tempo, todos viram como o cavalo conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando.
A vida vai lhe jogar muita terra, todo o tipo de terra. Principalmente se você já estiver dentro de um poço.
O segredo para sair do poço é sacudir a terra
Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima.
 Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos.
 Use a terra que te jogam para seguir adiante!

Autor desconhecido

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Corrupção no rol dos crimes hediondos - Vote

Prezados,

Tem uma enquete no site do senado  http://www.senado.gov.br/noticias/DataSenado/
(ta em cima, na direita, bem pequena) pesquisando a opiniao publica sobre um projeto de lei que vai
colocar corrupcao no rol dos crimes hediondos. ate agora 97% dos votos foram 'a favor', mas foram apenas 2600 votos.
A enquete termina dia 31/08/2011
Divulguem!

Por Lindalva Macedo

Reflexão do dia



“ Crie laços com as pessoas que lhe fazem bem, que lhe parecem verdadeiras. E desfaça os nós que lhe prendem àquelas que foram significativas na sua vida,mas  que infelizmente deixaram de ser….
Nó aperta, laço enfeita…
Simples assim. “

Por Lindalva Macedo


A Paz esteja no seu coração - Reflexão 2

Hoje, estou propondo para a nossa reflexão esta mensagem do livro “A Via de Chuang Tzu” de Tomaz Merton.



A Necessidade da vitória

Quando um arqueiro atira sem alvo nem mira
Está com toda a sua habilidade.
Se atira para ganhar uma fivela de metal
Já fica nervoso.
Se atira por um prêmio em ouro
Fica cego
Ou vê dois alvos-
Está louco!

Sua habilidade não mudou. Mas o prêmio
Cria nele divisões. Preocupa-se.
Pensa mais em ganhar
Do que em atirar--
E a necessidade de vencer
Esgota-lhe a força.

A milenar sabedoria oriental está alicerçada em valores essenciais para a boa qualidade da nossa travessia. É oportuno ler e re-ler esse texto de modo a degustar toda a riqueza dos seus ensinamentos. A vivência da sua mensagem nos faz perceber o quanto nos atrapalha a procura exacerbada do sucesso.

Preocupar-se com a qualidade do nosso agir é natural e pertinente. Entretanto, a inquietação interior na busca da vitória confunde a nossa mente. Vencer a qualquer custo torna-nos pessoas ansiosas e intranqüilas. Essa agitação mental prejudica a qualidade das nossas ações e nos leva a consumir muita energia com poucos resultados.

Trabalhar com dedicação, mas sem a preocupação exagerada com o sucesso, é o caminho mais curto para produzirmos frutos benfazejos. A natureza nos ensina que: a serenidade da terra é o lugar propício para a semente germinar com total vitalidade. A agitação mental é inimiga da perfeição... A palavra pacificação, no seu sentido original, revela-nos essa maneira de agir sem perder a paz interior. Pacificação quer dizer: “ação que cria paz”. (Mística e Espiritualidade - de Leonardo Boff e Frei Beto página 136). Portanto, é fundamental investir na qualidade do nosso trabalho, mas, sem colocar o sentido primordial do nosso comprometimento na busca intranqüila do sucesso. Esse virá naturalmente, através do empenho e da serena dedicação. Por isso, é importante conservar a mente tranqüila e harmonizada. Esse modo de ser nos faz muito bem, pois é gerador da lucidez e do equilíbrio interior indispensáveis para o êxito das nossas ações.

Contatos: cassiojoao@bol.com.br


A Paz esteja no seu coração



“Chamava-se Norma. Estava doente, muito doente. Na véspera de sua morte, arrastou-se até o banheiro e foi até a pia para lavar-se dos vômitos. Abriu a torneira e a água fria escorreu sobre suas mãos... Ela parou, como que encantada pelo líquido que acariciava. E de sua boca saíram estas palavras inesperadas: “A água... Como é bela! Sempre que a vejo penso em Deus. Acho que Deus é assim...”.
A Morte na pia. A água que escorre... Os olhos contemplam a eternidade...”
(De Rubem Alves – do livro O RETORNO E TERNO)

Achei esse breve texto de Rubem Alves de rara beleza e de grande profundidade. Por isso, pensei em socializá-lo com vocês.

Vivemos a vida de maneira muito desatenta. A realidade, tensa e agitada do nosso cotidiano, transforma-nos em pessoas dispersas diante da vida. É essencial, tecer dentro de nós, uma maneira diferente de debruçar-se, criticamente, sobre o nosso caminhar. Uma nova postura de maior ausculta do coração e um olhar mais aguçado sobre a nossa travessia. Filosofia, no pensamento original grego, começa sempre assim: no deixar-se tocar pelo fascínio e pelo questionamento do mistério das coisas e dos fatos que nos rodeiam.

É fundamental adquirir essa sensibilidade que nos faz acalentar, com maior ternura, a solidariedade do amigo, a beleza da água, o encantamento da flor, a sabedoria do idoso, o acolhimento dado ou recebido na gratuidade, o sorriso confortante da criança, o sabor benfazejo do alimento... Precisamos, mais do que nunca, de re-descobrir essa capacidade de “ler” a vida e os acontecimentos com a ternura do coração. Deus revela-se nas inúmeras situações da vida, principalmente através das coisas simples do dia-a-dia. Todavia, para que isso aconteça, é vital manter-se na ausculta amorosa da vida, mas, sem o sentimento de domínio e de apropriação da mesma.

O grande educador Paulo Freire, de varias maneiras, nos alertou acerca dessa capacidade adormecida dentro de nós de saber “ler” a realidade. Tal sabedoria vai sendo conquistada, paulatinamente, através do olhar sensível do coração sobre o próprio caminhar.

A pessoa que adquiriu essa maneira de ser alcançou um tesouro valioso... Na maioria das vezes, embora tenhamos uma visão perfeita, somos cegos diante das belezas que a vida nos oferece.

É importante, com serenidade e harmonia, apaixonar-se por essa ausculta. Tal maneira de ser transforma-nos em pessoas alegres e joviais, possibilitando que a nossa caminhada seja mais saudável e prazerosa. A vida não é feita somente de dores e sofrimentos. Ela, também, nos oferece momentos gratificantes e benfazejos que, geralmente, podem ser degustados nas coisas simples, mas, essenciais para o nosso viver.

João Bosco de Carvalho
Contatos: cassiojoao@bol.com.br

domingo, 28 de agosto de 2011

O cântico da Fraternidade Cósmica - "Oração pela Paz de São Francisco"



A “Oração pela paz de São Francisco” é, certamente, um dos textos mais conhecidos do santo de Assis. Entretanto, essa oração, apesar de expressar de maneira simples e, ao mesmo tempo, profunda, o espírito de São Francisco de Assis, não foi escrita por ele. A sua composição remonta ao início do século XX, no contexto da I Guerra Mundial. Pouco tempo depois da sua difusão, foi atribuída a São Francisco.

Se queremos conhecer em profundidade e autenticidade a vida, a mística e o espírito de São Francisco, precisamos recorrer a uma das suas mais belas composições: o “Cântico do Irmão Sol”, uma das primeiras obras primas escritas em língua italiana antiga.

São Francisco, antes da sua conversão, era o chefe de um grupo de jovens e barulhentos trovadores da sua cidade natal. O ambiente do século em que ele viveu era marcado pela poesia e pela música da cavalaria, que, mais tarde, resultarão na lenda do Rei Artur e seus cavaleiros. Esse espírito cavalheiresco e de trovador não foi abandonado por Francisco após a sua conversão. Pelas ruas de Assis e dos burgos da região, ele, juntamente com seus companheiros, cantava louvores a Deus, chamando os seus ouvintes à conversão.

O Cântico do Irmão Sol carrega esse espírito trovador de Francisco. Entretanto, para conhecermos em profundidade o espírito presente nos versos desse cântico, é importante conhecermos o contexto em que ele foi gestado.

O Cântico do Sol é um cântico à luz. Mas esse cântico jorrou da noite mais escura e profunda. O período em que o Cântico do Irmão Sol começou a ser redigido foi um tempo particularmente difícil para Francisco. Dois anos antes de sua morte, após receber os estigmas do crucificado no monte Alverne, Francisco fez-se transportar até São Damião, local de moradia de Clara e suas irmãs. A própria Clara preparou-lhe uma palhoça com caniços e ramagem para protegê-lo da luz do dia. Uma doença dos olhos contraída durante sua estadia no oriente já o havia feito perder praticamente toda a visão. Nessa palhoça, Francisco passou mais de cinqüenta dias sem poder suportar a luz do sol ou do fogo à noite, com muito sofrimento causado pela sua doença. Nos raros momentos em que a dor lhe dava descanso e que ele conseguia dormir um pouco, eram tantos os ratos que corriam sobre ele que não conseguia descansar. Mesmo durante o dia e nos momentos de oração, os ratos não lhe davam descanso.

Foi nesse ambiente que Francisco começou a compor o seu Cântico do Irmão Sol, depois de receber a certeza de que participaria do reino celeste. Compôs os versos e a melodia para os mesmos, que ensinou aos seus irmãos. Instruiu esses mesmos irmãos a cantarem o cântico quando fossem pelo mundo e que o cantassem depois das pregações. Dizia que “Ao nascer do sol, deviam todos louvar a Deus por ter criado este astro, que durante o dia fornece luz aos nossos olhos; assim também, quando anoitece, todos deviam louvar a Deus por essa criatura, o nosso irmão fogo, que nos alumia os nossos olhos. Por isso nós devíamos, por estas e pelas outras criaturas que usamos todos os dias, louvar sempre o seu glorioso Criador”. Nos momentos em que estava mais atormentado pelas suas enfermidades, ele começava a entoar o cântico e pedia aos irmãos que prosseguissem. E assim foi até a hora da sua morte.

Essa capacidade de louvar o sol, a luz e as demais criaturas, mesmo sem poder contemplá-las, resulta da pacificação que foi sendo operada na vida de Francisco desde a sua conversão. Francisco é uma pessoa reconciliada com a sua própria humanidade, com os seus limites, com os seus medos. E porque há essa reconciliação interior, todas as demais criaturas são vistas como irmãs, fráteres, sorelas. Por isso Francisco pode cantar: amo irmã Clara, amo o irmão sol, amo o irmão fogo, amo o irmão verme. E foi dessa fraternidade ecológica que nasceu um dos mais belos escritos místico-ecológico do ocidente: o Cântico do Irmão Sol.

A versão que se segue é a do cantor e compositor Zé Vicente, que guarda a poesia e a estrutura do cântico original.

Onipotente e bom Senhor, a ti a honra, glória e louvor;
Todas as bênçãos de ti nos vêm e todo o povo te diz: Amém!

Louvado sejas nas criaturas, primeiro o sol lá nas alturas.
Clareia o dia, grande esplendor, radiante imagem de ti, Senhor.

Louvado sejas pela irmã lua, no céu criaste, é obra tua.
Pelas estrelas claras e belas Tu és a fonte do brilho delas.

Louvado sejas pelo irmão vento e pelas nuvens, o ar e o tempo,
E pela chuva que cai no chão nos dás sustento, Deus da Criação.

Louvado sejas, meu bom Senhor, pela irmã água e seu valor.
Preciosa e casta, humilde e boa, se corre, um canto a ti entoa.

Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão fogo e seu calor.
Clareia a noite, robusto e forte belo e alegre, bendita sorte.

Sejas louvado pela irmã terra, mãe que sustenta e nos governa
Produz os frutos, nos dá o pão com flores e ervas sorri o chão.

Louvado sejas, meu bom Senhor, pelas pessoas que em teu amor,
Perdoam e sofrem tribulação, felicidade em ti encontrarão.

Louvado sejas pela irmã morte que vem a todos, ao fraco e ao forte.
Feliz aquele que te amar, a morte eterna não o matará.

Bem-aventurado quem guarda a paz pois o Altíssimo o satisfaz.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Convite: "Conserto para São Francisco (o santo e o rio)" em Diamantina - MG



Um espetáculo de paz num templo de fé. Um aplauso da poesia, da música e
da religiosidade. É também um louvor à cultura popular e à natureza. O concerto
tem a intenção de que a arte, impregnada do sentimento de amor entre os
humanos, possa tocar profundamente o coração das pessoas.

O espetáculo reúne canções próprias e outras dos compositores como Luiz
Gonzaga, Geraldo Vandré, Ivan Lins, Chico César, Tavinho Moura, Gordurinha
e Nelinho. O espetáculo se inspira na vida de são Francisco de Assis.

Local: Igreja São Francisco de Assis │ Diamantina - MG
Data: 08 de Setembro 2011 às 20hs


Diamantina é uma cidade rica em história e tradições. Possui um patrimônio arquitetônico, cultural e natural rico e preservado.

O casario colonial, de inspiração barroca; as edificações históricas; as igrejas seculares; a belíssima paisagem natural e uma forte tradição religiosa, folclórica e musical conferem uma singularidade especial à cidade.


Att,
Rozana Soares
Contato: 31 84119400

domingo, 21 de agosto de 2011

Retiro e Comemoração do dia de Santa Clara em Camargos - BH

O Dia de Santa Clara é comemorado na liturgia oficial da Igreja no dia 11 de agosto. Mas os Grupos de Simpatizantes de Belo Horizonte - MG só puderam se encontrar hoje, dia 20, para comemorar. Foi uma tarde de retiro bem intensa, orientada pela Ir. Marlene Eggert, Catequista Franciscana, da Província Imaculado Coração de Maria - Blumenau - SC, que está nos visitando.

" Em toda sua vida,
Clara foi tecendo um projeto alternativo"




Incialmente, foi projetado um filme-musical brasileiro, sobre a vida de Francico e Clara de Assis.Com pequena passagem abaixo.



" Fonte de ternura, acolhimento e reverência
aprendeu dos pobres que a partilha é dom maior!
Clara como o sol, iluminou o meu caminho!
Deus está aqui, que digam sim os passos meus! "

" O espírito deve ser de gratuidade, 
de serviço e de entreajuda misericordiosa.
Mas as Damianitas são livres para tomar as próprias decisões"

Fotos com passagens

Em seguida, em pequenos grupos, foi feita uma reflexão de um texto sobre Santa Clara e sobre o filme.


"Em rápida corrida, confiante e alegre,
avance com cuidado,
com passo ligeiro e pés seguros,
de modo que seus passos
nem recolham a poeira..." 
(Clara de Assis)

Após a partilha em plenária, foi feita uma celebração sobre Santa Clara onde cada uma, cada um, participou ativamente. Foram momentos de profunda espiritualidade, onde cada pessoa ali presente pode alimentar sua vida e o grupo pode fortalecer os laços de irmandade francisclariana. E para completar a alegria saboreamos juntas/os um gostoso lanche.


" Clara e Francisco de Assis vivem e sugerem uma irmandade,
sobretudo relacional,
que seja e faça de todas as pessoas mães-irmãos-esposos-filhos.
É o espaço vital e fecundo para que se construam novas relações fundadas no respeito á diferença
e na valorização e cuidado com a vida das pessoas e de todas as criaturas, especialmente a mais fragilizada.

" Onde reina o Amor, fraterno Amor, onde reina o Amor, Deus aí está"

Paz e Bem!!!

Dia da Vida Religiosa Consagrada


Olá a todos seguidores do nosso blog,
Hoje, na Igreja do Brasil, comemora-se o "Dia da Vida Religiosa Consagrada".
 Conheça um pouco da vida e missão das Irmãs Catequistas Franciscanas, de cujo carisma também somos seguidoras e seguidores. Fale-nos um pouco quais as suas impressões sobre essa Congregação Religiosa Missionária. Abraço 

Clique para aumentar o tamanho (abrirá uma pag do flickr)

fora do follder

dentro folder - enviada pelo Ronaldo -



VIDA RELIGIOSA CONSAGRADA: experiência da surpresa e alegria!

“O Reino do Céu é como um tesouro escondido no campo. Alguém o encontra, e o mantém escondido. Cheio de alegria, vai, vende todos os seus bens, e compra
esse campo (Mt 13, 44).

            Nesta parábola, o evangelista, não revela simplesmente o que pode ser o Reino de Deus. Lida a partir de outro prisma, esta parábola convida-nos a escutar e a pressentir a presença de algo alternativo: os subtis dinamismos da busca humana e histórica.
O que intuímos, é que esta pessoa que busca pérolas finas, alimenta dentro de si um sonho, um desejo em relação à realidade. Este desejo que a habita, é atitude muito importante para aproximar-se e amar a vida, para perceber que na história moram sedes, desejos, presenças, sonhos, buscas constantes...
A tradição cristã ao interpretar este texto, destacou intensamente a atitude da pessoa que ao encontrar o tesouro, vende tudo o que possui.
Vender tudo, sobretudo dentro da Vida Religiosa Consagrada, se interpretou como um gesto heróico. Em contrapartida, permaneceu esquecida uma dimensão muito significativa: a alegria experimentada, a surpresa que tomou conta da pessoa que encontrou algo precioso.
Mais que algo heróico, trata-se de uma atitude de surpresa diante do tesouro encontrado. Alegria, não porque houvera excluído tudo o mais, mas, sobretudo, alegria por ter-se encontrado intensamente com a Vida, satisfação por seu coração ter coincidido com o sonho, com o desejo de Deus.
O encontro com o Mistério Maior, o “Meu Deus e meu Tudo” de Francisco e de Clara de Assis, não é certamente para excluir, mas para incluir, dando-se conta que os outros/as e todas as criaturas, são TU e manifestações da Presença que habita a história e perpassa a nossa vida.
Não será este desejo de encontro com a Divina Presença, de reconhecer o frescor do sonho original de Deus, que faz surgir a Vida Religiosa Consagrada no mundo? Uma vocação para acalmar e saciar a sede? Vocação de viver, entrelaçada por uma profunda capacidade de escuta e de admiração para “re-colher” algo da História? Um caminho alternativo para contemplar a realidade a partir do olhar de Deus?

“Toda manhã o Senhor faz meus ouvidos ficar atentos para que eu possa
ouvir como discípulo/a” (Is 50, 4).

No Novo Testamento, especialmente nas bem-aventuranças (Mt 5), Jesus sintoniza com todas as sedes que habitam a História, especialmente, a dos pobres, aflitos e perseguidos, os que anelam pelo sopro da vida, para não abandonar a sede das outras pessoas e da criação machucada.

Vocación de vivir, empeño de volar, vocación de cantar, hasta morir en libertad. Hoy que me veo al espejo, mujer de tanta sonrisa, dejando en cada escenario um pedazo de mi vida. Si, dejando em cada escenario um pedazo de mi vida! (Luis Enrique M.Godoy).

Certamente, o sentido mais belo da Vida Religiosa Consagrada reside, hoje, em recuperar esta atitude de gratuidade, de alegria, de constante busca e de surpresa ao reconhecer a Divina Presença dentro de uma História ferida, mas construída por pessoas alegres e pequenas, que se deixam surpreender, a exemplo de Maria de Nazaré, que hoje celebramos.
 A brisa, o fogo, a inspiração que Francisco e Clara nos deixaram, indicam que podemos aproximar-nos do Mistério da Vida, e nele ousar tecer algo novo, um outro mundo, uma outra Vida Religiosa Consagrada, comprometida com a História.
Reaprender, desde a experiência da unidade da vida, a construir novas relações entre as pessoas, as coisas, os espaços, as diferentes gerações, é hoje, a razão de nossa busca e missão.
Nesse dia que evoca nossa opção pelo Reino, saudamos afetuosamente todas as Irmãs, Noviças, Postulantes, Aspirantes e os sintonizantes do nosso Carisma, presentes em tantos lugares. Nossos votos são de que sigam adiante com entusiasmo e alegria, ultrapassando fronteiras e reconhecendo, em cada chão, os sinais do sonho do Deus da Vida, que deseja continuar se encarnando no hoje da História.

Festa da Assunção de Maria – Dia da VRC

Irmã Tereza Valler
__________________

Coordenadora Geral da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas

Feliz dia da Vida Consagrada


Olá, amiga/o e irmã/o de Caminhada


"A Vida Religiosa Consagrada é chamada a ser vida missionária, apaixonada  pelo  anúncio de Jesus... e essencialmente profética..." (VC 25) 
Neste dia em que celebramos a Vida Religiosa Consagrada desejo a cada uma, cada um, fidelidade, perseverança e coragem  para viver, com mais intensidade, a missão de ser sinal  do Reino e  do amor de Deus para o Mundo. Que a Divina Sabedoria nos ilumine, a fim  de que a missão a nós confiada seja vivida na dinâmica do Discipulado, com os "olhos fixos em Jesus".  
Parabéns pelo nosso dia!

Com ternura e comunhão.
Ir. Neiva Furlin - Catequista Franciscana

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Assunção: Maria "desaparece" em Deus



“Maria, antes de ser Nossa Senhora, foi senhora de si” (I. Larragñaga)

A Assunção de Maria foi, durante muitos anos, uma verdade de fé aceita pelo povo simples. Só em meados do século passado proclamou-se como dogma de fé.
É preciso levar em conta que uma coisa é a verdade que se quer definir e outra, muito diferente, a formulação em que se introduz esta verdade. A Assunção é uma “metáfora” que quer balbuciar algo que se encontra mais além dos conceitos e das palavras: que Maria foi “introduzida” na Vida de Deus.
Certamente soaria estranha para a mentalidade bíblica a definição do dogma (“A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste”- 1º. nov. 1950). Simplesmente porque foi formulada a partir de conceitos filosóficos e teológicos completamente alheios à sua maneira de pensar. Para a antropologia bíblica o ser humano não é um composto de “corpo e alma”, mas uma única realidade que se pode perceber sob diversos aspectos, mas sem perder nunca sua unidade.

Não podemos entender “literalmente” o dogma da Assunção. Pensar que um ser físico, Maria, que se encontra em um lugar, a terra, é transladada localmente a outro lugar, o céu, não tem sentido. O próprio papa João Paulo II afirmou que o céu não é um lugar, mas um estado. Em linguagem bíblica, “os céus” significa o âmbito do divino; portanto, Maria está já “nos céus”.
Quando o dogma fala de “corpo e alma”, não devemos entendê-lo como o material ou biológico por uma parte, e o espiritual por outra. O dogma não pretende afirmar que o corpo biológico de Maria está em alguma parte, mas que todo o ser de Maria chegou à mais alta meta.
A proclamação do dogma foi uma tentativa de propor que a salvação de Maria foi absoluta, ou seja, que alcançou sua plenitude. Essa plenitude só pode consistir em uma unificação e identificação absoluta com Deus.
Maria terminou o ciclo de seu processo de maturação terreno e chegou à sua plenitude. Mas não por força de acréscimos externos, como fazê-la sentar em um trono, coroá-la, declará-la rainha, senão pelo processo interno de identificação com Deus. Nessa identificação com Deus não cabe mais nada. Chegou ao limite de suas possibilidades. Porque “assumiu” Deus em sua vida, Maria foi “assumida” totalmente por Deus; ela deixou Deus ser grande na sua vida; por isso, Deus a engrandeceu plenamente.

Realiza-se em Maria a situação final, já dentro da história, situação prometida a toda humanidade: “ser um dia de Deus e para Deus”; Maria o é desde o início (imaculada) até o final (assunção), através de uma fidelidade de toda a sua vida.
A Assunção de Maria é considerada, também, como antecipação da nossa ressurreição, que seremos ressuscitados em Cristo. Portanto, a glória de Maria não a separa de nós, mas a une mais intimamente a nós. Maria na glória concretiza, de modo eminente, nosso próprio destino futuro; ela vive agora em plenitude aquilo que nós, um dia, iremos viver. A Assunção é realidade compartilhada
Ela foi “assunta” porque assumiu tudo o que é humano, porque “desceu” e se comprometeu com a história dos pequenos, dos pobres e excluídos... Maria foi glorificada porque se fez radicalmente “humana”.
Crer na Assunção de Maria implica crer na exaltação dos pequeninos e humilhados, dos pobres esquecidos, dos injustiçados sem voz, dos sofredores sem vez, dos abandonados sem proteção, dos mise-ricordiosos descartados, dos mansos violentados...

Essa meta é a que nos espera a todos, se somos capazes de dizer como Maria: “Fiat”.
Nesse sentido, cremos que a expressão mais criativa, mais ousada e completa em toda a história da huma-nidade foi o “fiat” da mãe de Deus. Longe de ser uma palavra de passiva resignação e meiga submissão, o “sim” de Maria expandiu-se com extraordinária força. Mulher nova e livre, em Maria ouvimos a resposta perfeita, o “Fiat” da criatura dito ao Criador; ela é a mulher da oblação. Nela a Trindade vê sua obra levada à perfeição. Seu “sim” tornou possível a Encarnação. Nela, a ação da liberdade e da graça harmo-nizam-se perfeitamente.
Através do seu “sim”, a cristificação do cosmos tornou-se possível e a história tornou-se significante.
O “fiat” da mãe de Deus é para os fortes e corajosos.

Nem sempre temos consciência da força e do dinamismo que a expressão “sim” carrega; uma expressão que move o mundo; expressão oblativa que nos faz ex-cêntricos (o centro é o outro).
Dizer “sim” é ampliar o próprio interior para que Deus possa encontrar mais espaço livre e poder atuar.
Dizer “sim” é deixar “Deus ser Deus”: “Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc. 1,38).
Ao mesmo tempo, a atitude que se expressa no “sim” é a que mais nos humaniza, pois alarga e desata todas as possibilidades humanas que carregamos dentro de nós. O “sim” pede o envolvimento da pessoa inteira, desde o mais profundo das entranhas até a mobilização do corpo, da mente, da vontade, da afe-tividade...

Nós precisamos de “4 sins” para expressar nossa humanidade expansiva, para percorrer o caminho em direção à plenitude. Dois nós os recebemos e os outros dois nós os damos.
O “primeiro sim” que recebemos, e às vezes o último que descobrimos, acontece em nosso nascimento. É o “sim”  primeiro de Deus à nossa vida, com tudo o que ela é, a afirmação profunda que nos mantém na existência, Neste “sim” de puro amor respiramos e somos.

O “segundo sim” é o daqueles que nos tomaram nos braços ao nascer, nossos primeiros cuidadores: nos alimentaram, nos protegeram, nos acompanharam com o melhor deles e também com suas feridas.
Seu “sim” nos permitiu crescer e ocupar nosso lugar único no mundo.

O “terceiro sim” é o que nós damos. Este, às vezes, nos custa mais. É o “sim” que nos oferecemos a nós mesmos, é o assumir da própria vida em sua espessura, em sua ambigüidade, com as transformações de sua história, e também com toda sua beleza e suas possibilidades ainda por manifestar.

O “quarto sim” é o que nos faz mais parecidos a Deus. É o “sim” que entregamos aos outros para afirmar suas vidas também com tudo o que ela é, sem deixar nada fora, uma afirmação que cura e potencia.
É o “sim” que Maria deu a Isabel quando foi servi-la. Este “sim” está feito de reconhecimento, de respeito e de alegria pelo trabalho secreto de Deus em cada um.

Texto bíblico:  Lc. 1,39-56

Na oração: Contra uma concepção cada vez mais “econômica” do mundo, contra o triunfo do possuir, do ter,
Do prestígio, o Magnificat exalta a alegria do partilhar, do perder para encontrar, do acolher, do admirar, da felicidade da gratuidade, da contemplação, da doação...
O ser humano, e todo o seu ser, transforma-se então em louvor a Deus.
Nenhum outro texto nos revela de maneira tão densa e tão profunda a vida interior de Maria, os pensamentos e os sentimentos que invadem sua alma, a consciência de sua missão, sua fé e sua esperança, sua experiência de Deus, enfim.
Rezar as “marcas salvíficas” de Deus na própria história pessoal.


Folder dos Simpatizantes

Folder_Simpatizantes_Externo
Parte externa dobrável em 3 partes. Clique na foto para aumentá-la no flickr



Folder_Simpatizantes_Interno2
Parte interna tb dobrável em 3 partes

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A liberdade da Alma

O texto é adaptado de um poema de John Muir

“Quero deixar minha alma livre, para que ela possa desfrutar de todos os dons que os espíritos possuem. Quando isto for possível, não tentarei conhecer as crateras da lua, nem seguir os raios de sol até sua fonte. Não procurarei entender a beleza da estrela, ou a desolação artificial do ser humano”.

“Quando souber como libertar minha alma, seguirei a aurora, e buscarei voltar com ela através do tempo. Quando souber libertar minha alma, mergulharei nas correntes que deságuam num oceano onde todas as águas se cruzam, e formam a alma do mundo”.

“Quando souber libertar minha alma, procurarei ler a esplêndida página da Criação desde o princípio”

Por Paulo Coelho

1º Encuentro Simpatizantes de Guatemala

Agenda para ese día foi:

- Acolhida e bem venida
- Presentación
- Objetivo del encuentro
- Oración dentro de la espiritualidad Francisclariana
- Expectativa del primer Encuentro
- Rápida historia de Francisco y Clara
- Historia de nuestra Congregación
- Cuando y como empezó los grupos de simpatizantes en la Provincia
- Momento de cuchicheo: ¿Qué piensan de los que hemos hablado y reflexionado?
¿Después de escuchar todo eso, ¿que dice su corazón: quiere estar en ese grupo o no?
- Momento de Compartir
- Evaluación del encuentro
- Oración Final




El momento en que ellos y ellas compartieron nos causó gran alegría porque todos dijeron que si se siente animados y muy horados porque fueron los primeros invitados para ser parte de este grupo.

 Foram convidados 5 casais y varias personas solteras. Dos 5 casais participaram 3 y os outros dois casais nao puderam participar porque surgiu uma reuniao na útima hora de muita importancia a nivel diocesano.

Irmã Terezinha pacheco e Ir. Olga Ferreira.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Campanha de solidariedade ao povo Xavante do Mato Grosso

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lança campanha em favor da comunidade Xavante da Terra Indígena Marãiwatsédé, em Mato Grosso. A campanha "Cumpra-se Marãiwatsédé" pede a desintrusão da terra, ou seja, a saída dos invasores não-índios da área. A TI. Marãiwatsédé foi demarcada em 1998, mas até hoje os Xavante sofrem com a ação de invasores que resistem ilegalmente a sair do local. Por conta disso, a comunidade, que tem cerca de 3 mil pessoas, é obrigada a viver em apenas 10% do total da área demarcada, pouco mais de 165 mil hectares.

É nesse sentido que o Cimi pede ajuda a todos os amigos, simpatizantes e colaboradores. É preciso difundir a campanha e fazer chegar o maior número de emails possível na caixa postal dos desembargadores responsáveis por apreciar a apelação 0053468-64.2007.4.01.0000, que garante a permanência dos Xavante em sua terra tradicional.


Os primeiros contatos da sociedade nacional com os Xavante se deram por volta de 1957. A partir desse momento, os indígenas foram sendo “empurrados” para fora da área que interessava aos não-indígenas, que se apossaram das terras, promovendo a degradação do meio ambiente e dificultando assim os meios de subsistência dos indígenas. Apesar das terras indígenas já serem protegidas pela Constituição vigente, as terras Xavante foram tituladas pelo estado de Mato Grosso a partir do ano de 1960.

Encurralados numa pequena área alagadiça, expostos a inúmeras doenças, os Xavante foram transferidos pela Força Aérea Brasileira (FAB) para a Terra Indígena São Marcos, ao sul do estado, numa articulação entre particulares e governo militar, ocorrida em 1966. Grande parte da comunidade morreu na chegada em São Marcos, devido a uma epidemia de sarampo.

Em 1980, a fazenda Suiá-Missu - área incidente na Terra Indígena Maraiwãtséde, de 1,7 milhão de hectares, maior que a área do Distrito Federal e considerada então “o maior latifúndio do mundo” - foi vendida para a empresa petrolífera italiana Agip. Durante a Conferência de Meio Ambiente realizada no Rio de Janeiro (“Eco 92”), sob pressão, a Agip anunciou devolver Marãiwatséde aos Xavante. Em 1° de outubro de 1993, o ministro da Justiça declarou a posse permanente indígena para efeito de demarcação, a ser realizada administrativamente pela Fundação Nacional do Índio (Funai). As contestações contra a demarcação são julgadas improcedentes e, em 11 de dezembro de 1998, o presidente da República homologou a demarcação administrativa da Terra Indígena Marãiwatséde, por decreto - ato administrativo que reconhece a legalidade do procedimento como um todo – e ela é registrada em cartório como de propriedade da União Federal.

Superada a tramitação administrativa da demarcação, as contestações judiciais dos invasores se arrastaram até que, em 5 de fevereiro de 2007, o Juiz Federal da 5ª Vara/MT, dr. José Pires da Cunha, sentenciou na Ação Civil Pública n° 95.00.00679-0, determinando a retirada de todos os invasores e a recuperação das áreas degradadas de Marãiwatsédé. Em outubro de 2010, a Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª. Região confirmou a decisão de primeiro grau.

Em 19 de junho último, o juiz Julier Sebastião da Silva - da 1ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso - determinou a remoção, em até 20 dias, das famílias de não índios que vivem na Terra Indígena Marãiwatséde. Contudo, em 1° de julho, o desembargador Fagundes de Deus suspendeu temporariamente este mandado de desocupação, acatando o pedido de defesa dos ocupantes ilegais de Marãiwatsédé, na esperança de que algum acordo pudesse ser feito em torno da terra indígena.

Porém, o cacique Damião Paradzané escreveu uma carta à Quinta Turma do TRF da 1ª. Região para que garanta, rápida e definitivamente, a retirada dos invasores de Marãiwatsédé, para que o povo Xavante possa retomar o curso de suas vidas em sua terra sagrada.

É neste espírito que a comunidade Xavante de Marãiwatsédé espera e acredita na confirmação de seus direitos pela Quinta Turma do TRF da 1ª. Região, e convida a todas e todos para se unirem nesta luta que é de todos os brasileiros, divulgando-a entre seus amigos e enviando mensagens aos desembargadores chamados a apreciar a apelação 0053468-64.2007.4.01.0000, de acordo com a sugestão abaixo:

Des. Selene Maria de Almeida - gab.selene.almeida@trf1.jus.br, tel. (61) 3314 56 44, fax (61) 3314 56 77

Des. João Batista Moreira – joao.batista@trf1.gov.br, tel. (61) 3314 56 40, fax (61) 3314 56 76

Des. Fagundes de Deus – fagundes.deus@trf1.jus.br, tel. (61) 3314 56 49, fax (61) 3314 56 78


Sugestão de mensagem:


Excelentíssimo Senhor Desembargador Relator Fagundes de Deus,
Excelentíssima Senhora Desembargadora Selene Maria de Almeida e
Excelentíssimo Senhor Desembargador João Batista Moreira, 


A comunidade Xavante de Marãiwatsédé, do estado do Mato Grosso, teve sua terra tradicional demarcada, homologada e registrada no Serviço do Patrimônio da União em 1998. Entretanto, sua posse permanente e usufruto exclusivo – garantias constitucionais - não estão efetivados devido à permanência de numerosos ocupantes ilegais que a devastaram e que conseguiram, por meio de sucessivos recursos judiciais, permanecer na terra, desmatando-a intensamente até o presente momento.

Os Xavante têm enfrentado até hoje sérios problemas com estes ocupantes ilegais. Ameaças e provocações exigem que os indígenas mantenham vigilância constante e, para se proteger, estão concentrados numa única aldeia, o que não faz parte de sua cultura.

A Quinta Turma do TRF da 1ª Região, da qual Vs. Exas. fazem parte, decidiu a favor dos Xavante em acórdão publicado no dia 22 de novembro de 2010, considerando a posse de todos os ocupantes de má-fé, sobre bem imóvel da União, concluindo que  os posseiros não têm nenhum direito às terras, por se tratarem de “meros invasores da área, inexistindo possibilidade de ajuizamento de ação indenizatória”. As ações impetradas pelos ocupantes foram consideradas como “propósito meramente protelatório, atitude que deve ser combatida vigorosamente pelo juiz da causa”.

É nesse sentido que pedimos a Vs. Exas. que confirmem, de uma vez por todas no TRF da 1ª Região, a magnífica e justa decisão desta Quinta Turma deste Tribunal, garantindo assim esta Casa – nos autos daapelação 0053468-64.2007.4.01.0000  os direitos originários, sagrados e constitucionais do povo Xavante de Marãiwatsédé, para que possam retomar o curso de suas vidas na terra para a qual sempre sonham em voltar, de acordo com a manifestação deste povo, através do Cacique Damião Paradzané.


Respeitosamente,
(nome, profissão, RG e/ou CPF)
(endereço)
Fonte e maiores detalhes
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