sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011


Ao final de cada ano sempre refletimos o que se passou, no que acertos, ou erramos, o que queremos mudar. A esperança se renova, queremos um mundo melhor.... esperamos um mundo melhor, seja pelo pequeno próximo de nós , seja pelo grande, aquele que não conseguimos palpar!!! Mas a verdadeira transformação está dentro de nós, nos desejos, sonhos, poder de reversão, luta pelos ideais... O universo não nos dá sem esforço um desejo profundo mas ele está sempre a nosso favor nos pontos positivos quando o nosso bem não traz consigo o mal do outro, a inveja, a ignorância... O verdadeiro sentimento do Natal e do ano novo está embebido na sensibilidade de perceber o sofrimento alheio e não perder a capacidade de se revoltar com situações humilhantes e desumanas!!! O belo nos pertence!!!


O ano é novo!!! E queremos o melhor de todos eles... no campo profissional, pessoal e humano!!! Então que 2011 seja repleto de sonhos conquistados e seja oportuno para o surgimento de novos.

Felicidades!!!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A mensagem franciscana do presépio


Segundo a tradição, a primeira representação visualizada, teatralizada e celebrada de um presépio aconteceu no ano de 1223, num bosque próximo de Greccio, na Úmbria, região italiana. Quem tomou esta iniciativa foi Francisco de Assis, e ,com isso, ele passa a ser o primeiro a organizar de um modo plástico a cena da Encarnação do Filho de Deus.


Não é de se discutir se o fato é verídico ou legendário, pois Francisco de Assis foi um apaixonado pelo modo como Deus fez morada no mundo dos humanos, e certamente, mais do que palavras quis mostrar o maior evento de todos os tempos: na carne de um Menino, Deus está para sempre no meio de nós. Vejamos o texto das Fontes Franciscanas:


“A mais sublime vontade, o principal desejo e supremo propósito dele era observar em tudo e por tudo o Santo Evangelho, seguir perfeitamente a doutrina, imitar e seguir os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo com toda a vigilância, com todo o empenho, com todo o desejo da mente e com todo o fervor do coração. Recordava-se em assídua meditação das palavras e com penetrante consideração rememorava as obras dele. Principalmente a humildade da encarnação e a caridade da paixão de tal modo ocupavam a sua memória que mal queria pensar outra coisa. Deve-se, por isso, recordar e cultivar em reverente memória o que ele fez no dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, no terceiro ano antes do dia de sua gloriosa morte, na aldeia que se chama Greccio. Havia naquela terra um homem de nome João, de boa fama, mas de vida melhor, a quem o bem-aventurado Francisco amava com especial afeição, porque, como fosse muito nobre e louvável em sua terra, tendo desprezado a nobreza da carne, seguiu a nobreza do espírito. E o bem-aventurado Francisco, como muitas vezes acontecia, quase quinze dias antes do Natal do Senhor, mandou que ele fosse chamado e disse-lhe: ‘Se desejas que celebremos, em Greccio, a presente festividade do Senhor, apressa-te e prepara diligentemente as coisas que te digo. Pois quero celebrar a memória daquele Menino que nasceu em Belém e ver de algum modo, com os olhos corporais, os apuros e necessidades da infância dele, como foi reclinado no presépio e como, estando presentes o boi e o burro, foi colocado sobre o feno’. O bom e fiel homem, ouvindo isto, correu mais apressadamente e preparou no predito lugar tudo o que o santo dissera.E aproximou-se o dia da alegria, chegou o tempo da exultação. Os irmãos foram chamados de muitos lugares; homens e mulheres daquela terra, com ânimos exultantes, preparam, segundo suas possibilidades, velas e tochas para iluminar a noite que com o astro cintilante iluminou todos os dias e anos. Veio finalmente o santo de Deus e, encontrando tudo preparado, viu e alegrou-se. E, de fato, prepara-se o presépio, traz-se o feno, são conduzidos o boi e o burro. Ali se honra a simplicidade, se exalta a pobreza, se elogia a humildade; e de Greccio se fez com que uma nova Belém. Ilumina-se a noite como o dia e torna-se deliciosa para os homens e animais. As pessoas chegam ao novo mistério e alegram-se com novas alegrias. O bosque faz ressoar as vozes, e as rochas respondem aos que se rejubilam. Os irmãos cantam, rendendo os devidos louvores ao Senhor, e toda a noite dança de júbilo. O santo de Deus está de pé diante do presépio, cheio de suspiros, contrito de piedade e transbordante de admirável alegria.” (Cel 30,4).


Sob a inspiração deste fluo, baseando-se nas Fontes Franciscanas, toda a celebração de Natal ganha um novo vigor interpretativo e celebrativo em toda Itália, da Itália para a Europa e da Europa para o mundo. A cidade de Nápoles transforma a cena de Natal num movimento artístico, e a partir dali e dos anos 1700, o presépio é pura arte.


Unindo a Palavra de Deus, a representação artesanal e o folclore, os presépios vão destacando as típicas figuras regionais, e unem fé e beleza estética. As missões franciscanas levam o presépio para o mundo, e assim, cultura local e tradição cristã mostram o maior feito histórico da cristandade.


O presépio tem a forma dos momentos culturais: barroco, colonial, rococó, renascentista, moderno, vanguardista, arte popular, oriental, latino-americano, indiano e africano. O Deus Menino está no campo, na cidade, nas tendas, favelas e arranha-céu; está no centro urbano e na periferia. Une a força do sinal, do sacramental, do sagrado, da teologia da imagem, a fala da fé.
Nos presépios temos a harmonia das diferenças. O mundo do divino encontra-se com o mundo do humano. A grandeza, a onipotência de um Deus revela-se na fragilidade de uma criança. Ali o mundo animal, ovelhas, boi, burro, queda-se contemplativo abraçado pelo silêncio do mundo mineral: pedras e presentes. Há também o toque brilhante daquela Estrela Guia aproximando o mundo sideral.


As plantas formam o colorido arranjo do mundo vegetal. Anjos e pastores, um pai sonhador e uma mãe silente que guarda tudo no coração; afinal todos são conduzidos pelo mesmo mistério. O curioso e controlador mundo do poder representado pelos Reis Magos vem conferir. Fazer presépios é unir mundos! Aquele Menino fez-se Filho do Humano: veio experimentar a nossa cultura, o nosso jeito, a nossa consangüinidade.


Num presépio cabe todos os rostos! É o grande encontro dos simples, dos normais, dos marginais, dos ternos, fraternos, sofridos e excluídos. Quando o diferente se encontra temos a mais bela paisagem do mundo. Tudo se torna transparente na unidade das diferenças. Num presépio não existe preconceito, existe sim aquela silenciosa e calma contemplação da beleza de cada um, de cada uma. Encarnar-se é morar junto e respeitar o diferente! Paz na Terra aos Humanos de vontade boa e bem trabalhada! Isso é que encantou Francisco de Assis!

O presépio nos lembra que Deus não está no mercado das crenças, nem no apelo abusivo do comércio natalino que faz uma profanização deste universo de símbolos: pinheiros e estrelas, animais e pastores, presépios variados. Deus nem sempre está nas igrejas e nem nas bibliotecas; mas Ele está num coração que pulsa de Amor. Esta é a sacralidade inviolável do Natal: Deus está no seu grande projeto, que é Humanizar-se, fazer valer o Amor, Encarnar o Amor!
Deus não está na violência e nem onde se atenta contra a vida. Deus não está no orgulho dos poderosos nem entre os caçadores de privilégios hierárquicos. Mas Ele está na leveza deste Menino, Filho do Pai Eterno, a grande síntese das naturezas humana e divina.
Ele está aqui na mais bela doação do Sim de José e de Maria. Quando há disponibilidade, todo sonho é fecundo. Ele está onde se faz um presépio: lugar do Bem e da Beleza. É o grande momento de refletir este presente que ele nos dá. Isso é que encantou Francisco de Assis!


O Amor tem que ser Amado! A Verdade e a Beleza têm que ser apreciadas. Este é o lugar de Luz no meio das sombras humanas. A luz vale mais do que todas as trevas. Deus está ali com você e com Francisco diante do presépio, e abraçando você com silêncio, paz, harmonia, serenidade; acolhendo você e passando-lhe Onipresença, Onipotência eterna para a fragilidade da criatura. No presépio, Deus olha você, pessoa humana, contemplando a suprema humildade da Pessoa Divina



Artigo da Revista Franciscana

Bendito



Bendito aquele que vem,

E traz consigo esperança.

Bendito aquele que vem

e faz-nos criança de novo.

Bendito é aquele que vem

e nos liberta do espelho

onde miramos qual narcisos

envergonhados de tudo

e, no fim, de nós mesmos.

Bendito é aquele que vem

e nos renova por dentro,

transformando nossa vida

num poço de alegria.

Bendito é aquele que vem

anunciando utopias

que sempre escandalizam

os doutos e os fariseus.

Louvado seja o escândalo

do presépio de Belém,

sinal pobre e vulnerável

e, no entanto,

crucialmente revolucionário.

Deus feito ser humano,

Deus-ser, humano-criança,

envolto em trapos.

Contradição paradoxal.

Ah, tu, menino bendito,

ajuda-nos a não domesticarmos

este santo escândalo.

(Roberto E. Zwetsch)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Honra e Respeito para o Haiti

No Haiti, ao cumprimentar-se não se diz “bom dia, bom dia” como aqui no Brasil, uma pessoa diz “Honra” e a outra responde “Respeito”, isso reflete os valores daquela sociedade que se indigna no menor sinal de injustiça.

Mas no olhar estrangeiro o Haiti continua sendo alvo de observações humilhantes, tais como dizer que o estupro e abuso de crianças em tendas de desabrigados é algo comum. “Posso testemunhar, no entanto, que em Kay Nou, centro comunitário do Viva Rio em Bel Air, que abrigou cerca de 2 mil pessoas entre 12 de janeiro e 8 de abril, foram raras as situações de violência doméstica.Temos uma brigada de 30 pessoas (...) que cuidam da ordem no campo sob a nossa gestão que contabilizaram menos de 3% desse crime. Fala-se de banditismo em Porto Príncipe como se fosse terra de ninguém.Bel Air é considerada Zona Vermelha, de acesso restrito a UNICEF ou PNUD (Nações Unidas para o Desenvolvimento).Mas após o Acordo de Paz entre facções da região, negociado pelo Viva Rio a violência tem diminuído sensivelmente.Em 2009, foram registrados 17 homicídios por 100 mil habitantes,taxa menor que encontrada em cidades como Kingston, Bogotá ou Rio de Janeiro.” O acordo é interessante porque premia com bolsas de estudo os bairros em que não estão ocorrendo homicídios e tem adesão geral da população. “Quando não há conflito, todos os bairros ganham, mas na violência, todos perdem, na importa onde, por quem e por que ela começou.” Em 2009 foram 4 meses sem nenhum homicídio.

O grande problema dessas cidades é que após o terremoto os grupos que evadiram das prisões, ocuparam certas regiões e trouxeram novamente os assaltos armados, disputa de facções,ataques a policiais...E as próprias lideranças do “Acordo de Paz” sentiram-se ameaçadas. Mas há um grande desejo de Paz que encontra seus parâmetros na linguagem dos Direitos Humanos.Há um grande avanço, “mas não pretendo projetar falso otimismo sobre as condições atuais de segurança no Haiti. As instituições são frágeis e os ganhos obtidos podem ser rapidamente perdidos.A resistência ás externalidades negativas carece de substância.

Agora é seguir-se a recuperação e reconstrução. A corrente de solidariedade não alcançaria os seus objetivos não fora o trabalho e a habilidade dos ativistas haitianos, que se organizam para bem receber e distribuir os bens que lhes chegam de toda parte.

Partes do texto de Rubem Cesar Fernandes (diretor executivo da ONG Viva Rio). Revista dos Direitos Humanos.n.6.Setembro 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

10 dez - Dia Universal dos Direitos Humanos



Proclamados há 62 anos, os Direitos Humanos continuam negados, desrespeitados, continuam exigindo nossa indignação, nossa luta! Que tal, neste dia, olhar nossa sociedade, nosso compromisso com estas lentes?


Todos nascemos livres e somos iguais em dignidade e direitos. Todos temos direitos à vida, à liberdade e à segurança pessoal e social. Todos temos direito de resguardar a casa, a família e a honra.


Todos temos direito ao trabalho digno e bem remunerado. Todos temos direito ao descanso, ao lazer e às férias. Todos temos à saúde e assistência médica e hospitalar.


Todos temos direito à instrução, à escola, à arte e à cultura. Todos temos direito ao amparo social na infância e na velhice. Todos temos direito à organização popular, sindical e política.

Todos temos direito de eleger e ser eleito às funções de governo. Todos temos direito à informação verdadeira e correta. Todos temos direito de ir e vir, mudar de cidade, de Estado ou país.


Todos temos direito de não sofrer nenhum tipo de discriminação. Ninguém pode ser torturado ou linchado. Todos somos iguais perante a lei. Ninguém pode ser arbitrariamente preso ou privado do direito de defesa.


Toda pessoa é inocente até que a justiça, baseada na lei, prove a contrário. Todos temos liberdade de pensar, de nos manifestar, de nos reunir e de crer. Todos temos direito ao amor e aos frutos do amor.


Todos temos o dever de respeitar e proteger os direitos da comunidade. Todos temos o dever de lutar pela conquista e ampliação destes direitos.


Se queres a paz... Defende a vida! Se queres a paz... Luta pela justiça! Se queres a paz... Trabalha pela paz! Se queres a paz... Educa para a paz! Se queres a paz... Defende os direitos humanos, Teus e de outros seres humanos também! (Luiz Péres Aguirre)


Belo Horizonte comemorou seu 113 aniversário e recebeu a 5ª Semana dos Direitos Humanos, Iguais na Diferença, organizado pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República com apoio do governo estadual e da prefeitura da capital mineira.


A semana contou com mais de 40 atividades em toda a região metropolitana, entre oficinas, shows, palestras...O cantor Milton Nascimento foi homenageado pela importância do seu papel desempenhado que fez uso de suas músicas para protestar contra a ditadura, se transformando num ícone da música brasileira.


Para o Prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, receber a 5ª Semana dos Direitos Humanos representou mais uma oportunidade para todos reafirmarem o respeito à vida, à justiça social e à liberdade, engajados na batalha diária de construir uma sociedade mais igualitária.


– Hoje, temos na cidade várias ações e programas da Prefeitura voltados para os segmentos que, ao longo da história, foram excluídos do processo de desenvolvimento, como os idosos, os deficientes físicos, as mulheres, os grupos LGBT, a população de rua, a comunidade negra, entre outros. Ao lançarmos o Planejamento Estratégico 2030, elegemos como um dos nossos projetos sustentadores a Cidade de Todos.


Fonte: cicaf e Jornal Correio do Brasil

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Retiro em preparação ao Natal Franciclariano 2010

Dia 08 dezembro
Local: Casa em Camargos - BH

Saudação

Em nome do Deus de todos os nomes

Em nome do Deus que se faz Mãe-Pai de todas as etnias e cores de todos os continentes, que criou o universo com sabedoria, graça, mistério e beleza...

Em nome do Deus que se fez presente na história e de muitas formas se deixou encontrar...

Em nome de Jesus de Nazaré, presença e revelação da Divina Sabedoria entre os pobres e excluídos...

Em nome do povo a quem nós servimos: pequenos e pobres, negros, indígenas, migrantes, peregrinos, sem lar e sem afeto, crianças, idosos, jovens, mulheres...

Em nome das mulheres e homens que acreditam na igualdade, na solidariedade, na parceria, e inauguram novas práticas e novas relações...

Em nome de todas as pessoas que defendem a vida, lutam pela justiça, defendem a dignidade de todas as criaturas e gestam um mundo novo...

Em nome da irmandade francisclariana universal, em nome da liberdade e da vida plena para todos os povos da terra, especialmente para o povo do Haiti e de Palmares...

Hoje aqui nos reunimos para agradecer este ano que está findando e para o nosso retiro em preparação ao Natal. Sejam bem-vindos (as) e seguiu-se o canto:




Lanche e contemplação do presépio de natal

O presépio foi montado na sala para recepcionar cada visitante e mais francisclariano impossível. Havia representação de vários animais, grandes, pequenos, selvagens, domésticos, vorazes, ferozes...
O Lanche abriu o café da manhã e foi especial pelo fato de ser partilhado, cada um contribuiu com algum detalhe da mesa.








Momento de reflexão (textos)

Agradecendo

Senhor, obrigado por mais um Natal.
Por tudo o que temos:
O calor dos amigos,
As pernas que andam, os sons que escutamos,
Os braços que abraçam,
As mãos que se estendem, perfumes que sentimos,
O doce que gostamos, dizendo: cuidado com o amargo que há.
Senhor, obrigado por mais um Natal.
E tantos presentes que sem custar nada, nos fazem felizes como:
Sermos livre do ódio, saber-nos finitos/as, guardar humildade,
Cuidarmo-nos da glória que passa depressa
E ás vezes faz marcas progundas, doídas.
E crer noutra vida, essência da pessoa, milagre de ti.

Senhor, obrigado por mais um Natal
Sermos livres e pensarmos
Sermos bons e esquecermos,
Sermos fortes e amapararmos
Por ter, repartirmos
Ganhando, doarmos.
E dando, crescermos.
Crescendo, perdoarmos.
Perdoando, te amarmos.
Te amando, vivermos!

Senhor, obrigado por mais um Natal.
Por tudo o que temos:
A luz dos nossos olhos
A paz do nosso canto
E termos esperança em novo amanhã

Sernhor, obrigado por mais um Natal.
Por tantos presentes, que sem custar nada, nos fazem felizes.


Confesso que um dia
Carlos Alves

Um dia...
A paz e a justiça coroarão,
Apaixonadas,
Nosso mundos sonhados.

Um dia...
A paz e a justiça se beijarão,
No mar, no ar e no chão,
Como eternos namorados.

Um dia...
A paz e a justiça serão,
Em cada pátria e nação,
Nossas palavras finais.

Um dia...
A paz e a justiça tirarão de nossos lábios,
Com toda a garra,
A palavra guerra.

Um dia...
A paz e a justiça brindarão,
Na poesia e na canção,
O azul deste céu chamado terra.

Um dia...
A paz e a justiça serão,
De todas as nações, para sempre, eternamente
O novo nome.

Este dia virá se nos unirmos a todas as pessoas que
- promovem uma cultura de paz
- são sensíveis, valorizando as pessoas mais que os produtos do mercado
- acreditam na possibilidade de viver a irmandade
- lutam pela recuperação da natureza e a tratam com cuidado e respeito
- entregam a Vida pela Vida!

Então, com certeza, na alegria podemos dizer a todos e todas: PAZ E BEM !

Celebração de comunhão de advento e natal

Cada um foi convidado a trazer um simbolo que significou ou marcou sua caminhada francisclariana no ano de 2010





Finalização

Com avaliação de 2010 e propostas para 2011



Discutiu-se muito durante o encontro a situação atual do Haiti e de Palmares, então simbolicamente cozinhamos os biscoitos de argila, único alimento diário de várias pessoas, inclusive de mães que estão amamentando. Ficamos assim um pouco mais próximo de suas realidades, se é que conseguimos imaginar a dimensão de seus sofrimentos.

Por fim, a mamãe noel Ir.Alzira trouxe seu saco de presentes e cada um vestiu sua camisa.

Em confraternização, abraçando-nos desejamos a todos/as um bom fim de ano e um 2011 cheio de realizações, projeção de sonhos e PAZ e felicidade!!!! Até......

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fisioterapeutas no Haiti, condição atual


Em 12 de janeiro de 2010, um terremoto de 7,0 graus na escala Richter devastou a pequena nação caribenha do Haiti. Poucas horas após o evento um grande fluxo de ajuda humanitária começou a chegar a capital Porto Principe (Port-au-Prince), por via aérea, marítima e terrestre (através da República Dominicana). Seis meses após o evento, muitos dos detalhes ainda permanecem "preliminares", no entanto sabe-se que pelo menos 220.000 pessoas morreram, e apesar desta incrível contagem, acredita-se que as taxas de mortalidade seriam ainda maiores caso a comunidade internacional não respondesse tão rapidamente. Entre os profissionais que participaram do esforço global pelo Haiti haviam fisioterapeutas de todo o mundo.

MORTALIDADE REDUZIDA RESULTA EM MORBIDADE AUMENTADA


A missão principal das equipes era a de salvar vidas. No caso do Haiti, observou-se que taxas de mortalidade relativamente baixas geraram taxas de morbidade altas (ou seja: muitos sobreviventes sequelados). Estima-se em cerca de 300.000 o número de pessoas feridas durante o terremoto. Entre 2.000 a 4.000 pessoas sobreviveram com amputações, mais de 200 sobreviveram com lesões medulares, e milhares com fraturas. O fato é que o terremoto criou uma população de deficientes físicos. Mesmo antes do terremoto, o Haiti já era um ambiente bastante hostil para o deficiente, tanto no plano social quanto de uma perspectiva estrutural/arquitetônica. A destruição que este terremoto causou fez da acessibilidade e do alojamento para estas pessoas uma questão ainda mais crítica (Fig. 2). Esta demanda por reabilitação não pode ser ignorada. Desta forma, criou-se uma responsabilidade ética e moral da comunidade internacional para também prestar serviços de reabilitação adequados, de forma a garantir algum nível de qualidade de vida para estes indivíduos.


Antes do terremoto, por exemplo, haviam poucas pessoas no Haiti com TRM (trauma raqui-medular - lesão na "coluna"). Devido à baixa prevalência desta condição, poucos locais no Haiti atendiam lesados medulares. Além disso, os profissionais de saúde haitianos tinham pouca experiência com lesões tão complexas. Em comparação com os EUA, que iniciaram sua experiência em reabilitação de traumatismos medulares quando os soldados retornaram após a Segunda Guerra Mundial. Desta forma, os conhecimentos no tratamento das lesões medulares na América do Norte têm sido desenvolvidos ao longo dos últimos 65 anos, enquanto que no Haiti somente após janeiro de 2010.


NÓS PRECISAMENOS DE EQUILÍBRIO ENTRE OS SERVIÇOS HUMANITÁRIOS E PESQUISA



Pode parecer prematuro sugerir a necessidade de pesquisas, dado que muito sofrimento ainda existe no país. No entanto, é preciso compreender melhor os efeitos do terremoto do Haiti. Há duas áreas principais de investigação científica que devem ser realizados neste contexto:A primeira linha de investigação deveria explorar os tipos de lesões que ocorreram como resultado direto do terremoto. Por exemplo, identificar o perfil clínico das pessoas que sobreviveram ao terremoto e principalmente daquelas que sobreviveram com TRM proporcionaria importantes insights sobre a etiologia e o mecanismo das lesões que ocorrem em um desastre desse tipo. Baseados apenas em nossa experiência junto a HHA, suspeitamos que muitas dos sobreviventes com TRM são jovens (menos de 30 anos), possuem poucas co-morbidades, e apresentam lesões vertebrais nos segmentos tóracicos baixos ou lombares altos.Acreditamos que poucos indivíduos com lesões cervicais sobreviveram, pois somente os menos graves poderiam resistir à morosidade do processo de triagem e posterior transferência entre as várias instalações em todo o Haiti. O perfil dos pacientes é provavelmente diferente daqueles vistos no Canadá ou nos Estados Unidos, estas características poderiam ser utilizadas no planejamento do socorro a futuras emergências desta natureza. Por exemplo: antes de iniciar a avaliação dos pacientes haiitianos com TRM, acreditávamos que os cuidados com as úlceras de pressão seriam uma área prioritária, porém observamos que as úlceras de pressão (em sua maioria na fase IV) estavam sendo bem administradas, enquanto faltavam cuidados em relação ao intestino e bexiga.

Presépio Espiritual - Parte 3


8 de dezembro – A água
Traga água fresca e limpa para o presépio. Evite toda a palavra que não seja verdadeira e todo ato traiçoeiro.
- Querida Maria, obtende-me a contrição dos meus pecados.

9 dezembro – Fraldas
Prepare-se para o Divino Menino pondo as mãos em oração quando rezar, rezando lenta e pensativamente.
- Jesus, permiti que eu Vos ame cada vez mais.

10 dezembro- Cobertores
Forneça á sua manjedoura cobertores macios e quentes. Evite palavras ásperas e não se zangue. Seja amável e gentil para com todos.
-Jesus, ajudai-me a ser manso e humilde como Vós

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Presépio Espiritual - parte 2

4 de dezembro – Teias de aranha
Limpe as teias de aranha do seu presépio espiritual. Tire cuidadosamente do seu coração qualquer desejo excessivo de ser louvado. Renove hoje esta intenção pelo menos três vezes.
- Meu Jesus, quero agradar-Vos em tudo o que hoje fizer.

5 de dezembro – A vedação
Construa uma vedação a volta da manjedoura do seu coração mantendo uma vigilência apertada sobre os olhos, especialmente na oração.
-Meu Jesus,quero ver-Vos

6 de dezembro – A manjedoura




Arranje o canto melhor e mais quente do seu coração para a manjedoura de Jesus. Consegui-lo-á abstendo-se do que gostar mais na linha do conforto e do divertimento.
- Maria, usai estes sacrifícios para preparar o meu coração para receber Jesus na Sagrada Comunhão.

7 de dezembro – O Feno
Forneça feno a manjedoura do seu coração, dominando todos os sentimentos de orgulho, raiva ou inveja.
- Jesus, ensinai-me a conhecer e a corrigir os meus maiores pecados.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Os lugares de Deus

As pessoas vão as seus templos para
Saudar-me. Quão simples e ignorantes
São meus filhos e filhas quando pensam
Que vivo isolado...

Por que não me vêm e me saúdam na
Procissão da vida, onde sempre vivo?
Nos sítios, nas fábricas, no mercado?
Lá onde encho de ânimo aqueles e aquelas
Que ganham seu pão com o suor do rosto?

Por que não me saúdam nos barracos dos
Pobres? E me encontram a abençoar
Pessoas necessitadas secando as lágrimas
De viúvas, crianças e órfãos?

Por que não me vêm e me saúdam na beira da
Estrada, e me encontram a abençoar
Pessoas mendigas que pedem pão?

Por que não me vêem e me saúdam entre as
Pessoas que são pisoteadas pelos
Orgulhosos no roubo e no poder?
Por que não me vêm indignado com
Seu sofrimento e distribuindo compaixão?

Por que não me vêem e me saúdam entre
As mulheres violentadas e abandonadas,
Lá onde me sento junto delas para
Abençoar, dignificar?

Estou seguro de que jamais sentirão falta
De mim, se tentarem me encontrar na
Luta da vida, no suor, nas lágrimas
E nas dores dos pobres.

Poema “Os lugares de Deus” do místico e ativita
Social Kushdeva Singh (adaptação)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ajuda ao Povo do Haiti


Irmãs, Irmãos, simpatizantes do carisma francisclariano, amigos e amigas, colaboradores...

No dia 12 de janeiro deste ano, foi dizimado pelo forte terremoto que deixou pelo menos 200 mil mortos, 300 mil feridos, um milhão de desabrigados e destruiu a já precária infraestrutura do país. Hoje, cerca de 80% das pessoas sobrevivem abaixo da linha da pobreza e , desesperadamente, brigam por um prato de comida ou tentam deixar o país.

Religiosas/os da América Latina estiveram no Haiti e algumas continuam lá em solidariedade ao povo. Ir.Tereza Albanez e eu Ir.Carmela Panini, tivemos a graça, em outubro (na semana do anúncio da epidemia do cólera), de poder fazer uns dias de experiência em emio aquele povo. O que vimos? Fome estampada nos corpos magérrimos das pessoas, tanto de adultos quanto das crianças qeu, ao nos ver, de longe estendiam a mão implorando leite para os filhinhos ou água e comida... vimos multidóes de pessoas ao longo das ruas tentando vender alguma peça de roupa, algumas frutas, feixes de lenha... muitas pessoas mutiladas, com bengalas ou cadeira de rodas. Vimos milhares de tendas e barracas - uma 'colada' na outra, cheias de gente sem água, sem alimentos, sem luz, sem condições sanitárias. As autoridades afirmam que um milhão de pessoas está ainda debaixo de lonas e tendas.Vimos grande parte das casas, prédios, templos... ruídos ao chão e outras com grandes rachaduras. Olhando as multidões que perambulam desnorteadas, sem-eira-nem-beira, nos pareciam 'ovelhas sem pastor'.

Apesar de tanto sofriment, nesse complexo caótico, vimos muitos gestos solidários: pessoas abrigando vizinhos debaixo dos escombros qua sobraram, pessoas partilhando cama, carona ou cuidadndo de mutilados. Escolas e Colégios entulhando as salas de aula com a acolhida de alunos de outros complexos escolares que ruíram.

As três Irmãs brasileiras enviadas ao Haiti pela CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil), realizarão seus projetos (meio ambiente, horta comunitária, Pastoral da criança e saúde e trabalhaos manuais com grupos de mulheres no setor Canaã - uma ocupação com 40 mil pessoas). Ao visitarmos os franciscanos OFM ficamos mutuamente felizes: nós com a notícia de que eles já estão desenvolvendo um projeto ecológico nessa ocupação, e eles, por saberem que nossas Irmãs também escolheram aquela área como nossa missão. Encontramos também muitas pessoas de outros países prestando serviço voluntário e gratuito. Pessoas que escutaram gemidos, tiveram compaixão e coragem de sair de si e de ir ao encontro.

Em consequência da história de empobrecimento do país, muitas pessoas já não têm acesso a sequer um prato de arroz ao dia. Alimentam-se quase só de 'biscoitos de barro' (argila, água, uma pitada de sal e um pouco de margarina).Após amassar os ingredientes, fazem as pequenas porções e as colocam para secar ao sol.





As mulheres e as crianças os vendem nas ruas ou nos mercados e, com o trocado, compram leite para os bebês ou alimentos para a família. Disse uma jovem, com seu bebê no colo: “quando minha mãe não tem outra coisa para cozinhar nós nos alimentamos só com esses biscoitos, três vezes ao dia”. E acrescentou: “mas os biscoitos me dão dores de estômago e diarréia e quando amamento até mesmo o bebê sofre de cólicas intestinais”.

Nossas irmãs que moram e trabalham na fronteira do Haiti e República Dominicana, e que diarimente se deparam com a chegada de mais haitianos refugiados, têm nos ouvidos o constante gemido: “Estamos com muita fome, perdemos tudo: familiares, o casebre, a lavoura, os animais domésticos, a saúde... não temos sequer sementes para plantar”.

Aqui no Brasil também tivemos, neste ano, regiões fortemente atingidas por vendavais, secas prolongadas,enchentes... Lembro especialmente do povo dos Estados de Alagoas e Pernambuco. Nós, Irmãs Catequistas Franciscanas, estamos presentes, de forma solidárias, ajudando a população de Palmares (Pernambuco) na reivindicação de seus direitos sociais e de políticas públicas favoráveis, a fim de que recuperem ânimo de viver.




O tempo de advento é sempre um período propício á solidariedade, á partilha e comunhão entre familiares, amigos, vizinhos e povo em geral. Nós, cristãos e cristãs, tempo também o bom costume de fazer “campanhas de advento” em favro de pessoas empobrecidas, carentes e, de algum modo, necessitadas.
Nossa proposta é de fazermos, neste advento, em cada grupo, nas comunidades, entre amigos e pessoas de boa vontade a campanha do alimento: “Leite para os bebês e sementes de verduras e frutas, de feijão, milho e arroz... para semear”.O dinheiro arrecadado será enviado (através de uma nossa irmã), uma parte ao povo haitiano, refugiado na República Dominicana (onde nossas irmãs estão em missão), e outra parte ao povo de Palmares onde também temos uma comunidade de irmãs. Será nossa expressão de NATAL SOLIDÁRIO com esses povos. Assim, a nossa partilha produzirá frutos e incluirá ao redor de nossa mesa pessoas que sobrevivem das migalhas. E nossos olhos verão e poderemos cantar, não só “Glória a Deus nas alturas” e uma Noite Feliz no céu, mas o amanhecer de um novo dia de Paz na terra do Haiti e no chão de Palmares.

Se você quiser colaborar fale com a pessoa que está coordenando essa campanha. O amor não tem fronteiras. Desejamos que nossa comunhão solidária nos ajude a celebrar a Boa-Nova do Natal e seja fonte de Vida para esses povos que querem viver!

A você e sua família um alegre e significativo NATAL, com São Francisco e Santa Clara e um abençoado 2011.

Coordenadora em MG: Ir. Alzira Munhoz (31) 3024-4053

Presépio Espiritual




1 de dezembro - O Estábulo

Frequentemente, durante o dia , ofereça seu coração ao menino Jesus. Peça-lhe para fazer dele sua casa.
-Querido Jesus, tomai o meu coração e fazei-o manso e puro















2 de dezembro - o Telhado


Procure que o telhado do estábulo esteja em boas condições para que o menino jesus esteja protegido da chuva e da neve. Faça isso evitando cuidadosamente qualquer pecado contra a caridade.


-Jesus, ensina-me a amar o meu vizinho como a mim mesmo(a).



3 de dezembro - Fendas


Tape cuidadosamente todas as fendas nas paredes

do estábulo, para que o vento e o frio não entrem lá.

Guarde os seus sentimentos contra as tentações.Guarde

especialmente os seus ouvidos contra as conversas

pecaminosas.

- Jesus, ensina-me a manter as tentações fora do meu

coração

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